Dos 47 sinistros (acidentes de trânsito) em vias urbanas de Campinas analisados, 17 (36%) tiveram a alcoolemia (intoxicação por ingestão de álcool) identificada entre os envolvidos.
De acordo com dados da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), a combinação de álcool e direção ultrapassou o excesso de velocidade no ranking dos fatores de risco que motivaram os sinistros em vias urbanas. O excesso de velocidade ocupa a segunda posição, com 14 (30%) mortes em vias urbanas. Pelo balanço mais atualizado, Campinas computou, até dezembro, 156 mortes no trânsito, sendo 70 em vias urbanas e 84 em rodovias. Em duas ocorrências, ainda não foi possível identificar o local exato.
No mês de fevereiro de 2024, foram 11 vidas perdidas em vias urbanas e rodovias: cinco ocupantes de demais veículos, quatro motociclistas, um pedestre e um ciclista. Em seis destes casos (55%), o álcool foi identificado nas vítimas envolvidas. Entre 10 e 13 de fevereiro de 2024, período de Carnaval, foram duas ocorrências fatais em rodovias. Uma delas vitimou dois ocupantes de veículos e a outra, um. No primeiro caso, o condutor havia ingerido bebida alcoólica.
Confira os principais efeitos do álcool, que comprometem a habilidade de dirigir com segurança:
- Comportamento incoerente ao executar tarefas;
- Diminuição da atenção e da vigilância;
- Reflexos mais lentos;
- Dificuldade de coordenação e redução da força muscular;
- Problemas de equilíbrio e de movimento;
- Comprometimento da capacidade de julgamento e visão.
A análise para identificar os fatores e as condutas de risco dos sinistros fatais é realizada pelo Comitê Intersetorial Programa Vida no Trânsito, que é composto por membros dos seguintes órgãos: Emdec, Secretaria Municipal de Saúde, Polícia Militar, Samu, Corpo de Bombeiros, Polícia Científica, Instituto Médico Legal (IML) e hospitais.
No segundo semestre, a Emdec divulgará o perfil das vítimas envolvidas e as principais causas de sinistros (fator de risco) também em rodovias. Em 2023, 79 pessoas morreram em sinistros de trânsito nas vias urbanas, 42 foram testadas e a presença de álcool foi identificada em 19 delas. Nas rodovias, foram 80 mortes, 47 foram testadas e 22 estavam alcoolizadas.
A detecção da presença de álcool nas vítimas fatais é determinada a partir dos resultados dos exames de alcoolemia realizados no IML, pela identificação de odor etílico por membros das equipes de saúde ou pelo teste de etilômetro (bafômetro) feito por policiais militares que atenderam a ocorrência.
Se for beber, não dirija
Para coibir condutas de risco no trânsito, a Emdec realiza operações integradas de fiscalização, em conjunto com a Guarda Municipal e Polícia Militar. Ao longo de 2024, 127 blitze identificaram 4,8 mil infrações de trânsito. Entre elas, 18 Operações Direção Segura (ODS), realizadas pelo Departamento Estadual de Trânsito e Polícia Militar, com apoio da Emdec, algumas delas com foco na identificação de alcoolemia.
Dirigir alcoolizado é infração gravíssima
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), conduzir veículo automotor sob influência de álcool é uma infração de natureza gravíssima, multiplicada por dez. A multa é de R$ 2.934,70, com recolhimento e suspensão da habilitação por 12 meses, além da retenção do veículo.
Se o teor alcoólico for igual ou superior a 0,3 mg/L, o condutor responderá criminalmente. A pena para esse crime é de detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de obter a permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor.
As informações são da Prefeitura de Campinas.
Add a Comment